O Retábulo das Maravilhas
de Jacques Prévert
Sinopse:
"Um casal de saltimbancos chega a uma aldeia e resolve vender à comunidade um espetáculo em que nada acontece. Mas antes avisaram: só podem ver este espetáculo as pessoas virtuosas. Quem estiver manchado de pecado não consegue ver o maravilhoso retábulo. Logo, ninguém admite que não vê, porque os pecados são privados e íntimos, não é costume uma pessoa anunciar as suas falhas mais profundas aos sete ventos. Então, sabendo cada um dos espectadores que deveras está manchado pelo pecado todos descrevem o que imaginam que deviam estar a ver, para que todos oiçam, e todos pensem que é virtuoso quem declara que vê. Costuma-se dizer que esta história serve para denunciar a hipocrisia sobretudo das classes dominantes, até porque eram essas que iam ao teatro; a mentira em que vivem as pessoas, que as impede de verem o óbvio, ou seja que não há nada para ver;... faz-nos olhar para Chanfalla, o saltimbanco que em palco anuncia o espetáculo vazio e descreve as ações que não acontecem, e faz-nos pensar: é isto que vejo que está a acontecer: alguém em palco que descreve ações e conta histórias. É esse o acontecimento. O que vemos é esta figura, este corpo, esta pessoa, que ali está a sugerir que imaginemos coisas".
Ficha técnica:
Encenação: Maria Gil
Acompanhamento dramatúrgico inicial: Miguel Castro Caldas
Interpretação e criação: Ana Duarte, Beatriz Puga, Eva Luna, Gabriel de Castilho, Gonçalo Silva, Israel Páez, Sara Cruz, Tatiana Carriço e Tiago Estremores
Texto: Jacques Prévert
Espaço cénico: Gonçalo Silva
Figurinos e maquilhagem: Eva Luna e Gabriel de Castilho
Sonoplastia: Gonçalo Silva
Música: Diogo Infante, Gonçalo Tomás dos Santos, Kristers Gontarev
Desenho de luz: Ana Duarte e Gonçalo Silva
Operador de luz: Israel Páez
Comunicação: Beatriz Puga e Sara Cruz
Cartaz e identidade visual: Beatriz Isabel
Direção de produção: Tatiana Carriço e Tiago Estremores
Agradecimentos: Daniel Coimbra e Paulo Costa